O amor invadiu o meu peito bem de mansinho,
De uma maneira que nem percebi sua chegada.
Envolveu-me pouco a pouco e discretamente,Como passeio da brisa na calmaria da madrugada.
Eu não esperava,
Nem imaginava sentir algo igual.
Que nada seria mais como antes,
Que esqueceria que existe o mal.
O coração estava feliz,
E se iludia em pensar viver fora de seu leito.
Batia forte e acelerado,
Queria saltar pra fora do meu peito.
Ria pra tudo, ria para o mundo,
Pra tudo dizia sim.
Seguia sem rumo, sem ver por onde passava,
Ou se tal rumo teria um fim.
Nada me feria, nem me ofendia,
Se sentia um homem de aço.
Esquecia que era frágil criança,
Sujeito a um grande fracasso.
O céu já não era mais o mesmo,
As nuvens, algodão doce intocaveis.
Pensava ser capaz de fazer tudo,
Coisas impossiveis, até imaginaveis.
Dormir na lua cor de prata,
Viajar na lendária estrela cadente.
Apostar corrida com um cometa,
Triscar no sol com se nem fosse quente.
O amor é um causador de ilusões,
Cega sua vítima para o mundo real.
Tudo que antes tinha um sentido,
Acaba ficando fora do normal.
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